Seminário Internacional Ser ou não ser capital: para uma história da capitalidade
 A Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) promove, nos dias 14 e 15 de abril, o Seminário Internacional Ser ou não ser capital: para uma história da capitalidade. O evento, com participação gratuita e tradução simultânea, acontece no auditório da FCRB. Organização: Isabel Lustosa (FCRB), Marieta de Moraes Ferreira (IH/UFRJ) e Armelle Enders (CHXIXème - Université Paris-Sorbonne).
Este seminário organizado no âmbito do acordo de Cooperação Bilateral Faperj Sorbonne Universités, firmado em 2014, reúne um elenco de trabalhos de estudiosos que se debruçaram sobre o significado que foi ser capital nos séculos XIX e XX, no Brasil e na Europa. Suas reflexões enfrentam questões como: o que faz de uma cidade uma capital, além do seu estatuto político? O que sobrevive quando se perde o estatuto político? Como a capitalidade se expressa nas manifestações artísticas e culturais da cidade-sede? A preeminência de uma cidade sobre as outras, que implica necessariamente na centralização e na concentração de poder em um ponto do território nacional, não se impõe sem tensão. O status de capital atribuído a uma cidade traz também consequências para sua vida cultural. As grandes reformas urbanas visando dar às capitais a feição correspondente à sua preeminência são a parte mais visível dessa transformação. Mas ela alcança também a vida artística e cultural fazendo com que se concentrem nessas cidades os mais sofisticados equipamentos culturais: museus, teatros, cinemas e bibliotecas. Ser capital tem um sentindo simbólico que ultrapassa a realidade geopolítica.
Programação:
:: Dia 14 de abril
Manhã: 9h – 12h
Abertura: Isabel Lustosa, Marieta de Moraes Ferreira e Armelle Enders
A capital na alvorada do século XIX
Capitais sob tutela no império de Napoleão
Jacques-Olivier Boudon (CHXIXème- Université Paris-Sorbonne)
Hipólito da Costa e as vantagens da transferência da capital para o sertão (1808-1822)
Isabel Lustosa (FCRB)
Londres, capital do exílio (1830-1880)
Fabrice Bensimon (CHXIXème-Université Paris-Sorbonne)
O Panorama de Rio-Janeiro exibido em Paris em 1824: capitalidade e independência
Armelle Enders (CHXIXème - Université Paris-Sorbonne)
Tarde: 14h30 – 17h30
A capital com construção simbólica
Da sociedade de corte à sociedade mundana: De Versalhes a Paris no século XIX
Isabelle Dasque (CHXIXème- Université Paris-Sorbonne)
A real pinacoteca portuguesa e sua descapitalização (Lisboa, 1808 - Rio de Janeiro, 1818)
Beatriz Mello e Souza (PPGHIS-UFRJ)
A reconstrução da capitalidade artística de Lisboa na segunda metade do século XIX
Thierry Laugée (CAC-Université Paris-Sorbonne)
A reconstrução da capitalidade do Rio de Janeiro - Da casa da marquesa de Santos à criação do Museu do Primeiro Reinado
Marieta de Moraes Ferreira (IH-FGV)
:: 15 de abril
Manhã: 9h – 12h
Capitalidade, violência e política
Rio, a capital e a desordem
Marcos Bretas (PPGHIS-UFRJ)
Capitalidade e ordem pública: a questão dos latrocínios em Paris (1945-1975)
Arnaud-Dominique Houte (CHXIXème- Université Paris-Sorbonne)
A invenção política das capitais: Washington e Rio de Janeiro
Américo Freire (CPDOC-FGV)
A ‘varanda política’ nas relações internacionais no século XX
Isabelle Davion (SIRICE-Université Paris-Sorbonne)
Tarde: 14h30 – 17h30
Representações artísticas e culturais do Rio Capital
Entre os trópicos e a Europa - o Rio de Janeiro nas aquarelas de Debret e nas fotografias de Augusto Malta
Ana Cavalcanti (EBA-UFRJ)
A construção de uma imagem: O processo da capitalização cultural de Rio de Janeiro através do Teatro Municipal e balé.
Charlotte Riom (FGV)
O Rio capital imaginado pela crítica cinematográfica
Eliska Altmann (UFRRJ)
Encerramento:
Armelle Enders (CHXIXème - Université Paris-Sorbonne)
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