História & Arquitetura: encontro com Marco Folin e Monica Preti
 A Fundação Casa de Rui Barbosa, Escola de Belas-Artes UFRJ e o LeU/Proubr/FAU-UFRJ promovem no dia 15 de agosto, a partir das 16 horas duas palestras. As conferências, que contam com o apoio da The Lila Wallace - Reader's Digest Endowment Fund at Villa I Tatti, acontecem no auditório da Fundação Casa de Rui Barbosa (Rua São Clemente, 134, Botafogo, Rio de Janeiro) e têm entrada franca. Não haverá tradução simultânea do italiano para o português. Mais informações: 21 3289 8662.
::16h-16h45: O mito do príncipe arquiteto. Poder na arte e na arquitetura europeia . Prof. Marco Folin (Universidade de Gênova)
Desde as civilizações mesopotâmicas o ato de construção foi investido de valores simbólicos — religioso, ritual, político —, que inspirou a cultura ocidental durante séculos, através dos textos bíblicos e da autoridade dos exemplos clássicos. Foi criado algo como um repertório de topoi que é transmitido na Idade Média, para ser ressuscitado no renascimento e dar à luz ao mito do príncipe-arquiteto, reconstrutor: um mito que inspirou uma série de programas de renovação da construção de grande escala nos séculos XV e XVI, e depois acabou por esgotar-se no decorrer dos séculos seguintes.
Marco Folin é professor de história da arquitetura na Escola Politécnica de Arquitetura em Gênova. Seus interesses circulam entre a história do Renascimento (estratégias urbanas na Itália no século XV, o patrocínio da corte e os corredores do poder) e a história das cidades italianas da Idade Média e do fim do Antigo Regime (a arquitetura cívica, a gestão urbana e a imagem cartográfica da cidade), sobre as quais publicou diversos ensaios, traduzidos para os principais idiomas europeus.
::17h -17h45: A cidade frágil. Imagens de ruína e destruição na arte ocidental (XIV - XVII c.). Monica Preti (Musée du Louvre)
Além dos mitos do edifício e do arquiteto-príncipe, um papel não menos importante na cultura de valor e na arte europeia teve a imagem de destruição, arquitetônica e ainda mais urbana. A conferência terá como principal foco o período da Idade Média ao início do período Moderno, destacando alguns exemplos que ilustram como, ao longo de quatro séculos, a forma de representar (e, portanto, conceber) a destruição e as mesmas ruínas e arquitetura da cidade mudou profundamente.
Monica Petri é responsável pelo planejamento científico de arqueologia e história da arte do auditório do Museu do Louvre, Paris, onde dirige um programa de pesquisa sobre a catástrofe na arte ocidental. Sua atenção está voltada para a história do colecionismo dos séculos XVIII a XIX e das relações entre as artes e a literatura na era moderna (quanto à fortuna figurativa de Orlando Furioso de Ludovico Ariosto). | | |